Colégio Estadual José Ribeiro Pamponet

Professor: João Borges                           Data: 06/07/20  

Aluno(a):                                  Série: 3ª A  regular e integral ( mat. e vespertino)

 

Olá pessoal!

Segue essa atividade com dados geográficos  sobre Baixa Grande, para que vocês conheçam um pouco da Geografia local, uma vez não encontrados no seu livro didático, que possivelmente serão úteis em concursos municipal.

No retorno, farei  as devidas  explicações.

Boa leitura e anote em seu caderno os pontos relevantes.

 

                        Dados geográficos sobre Baixa Grande

Localização:Baixa Grande é um município brasileiro do estado da Bahia, situado na mesorregião Centro Norte Baiano, na microrregião geográfica de Itaberaba, e está inserida no território de identidade da Bacia do Jacuípe (embora não pertença a Bacia Hidrográfica do Rio Jacuípe).

Seu povoamento teve início na segunda metade do século XIX com a construção de uma capela (que era vontade da religiosa e matriarca da família Ribeiro Soares) e pela importância de ser um entroncamento e pouso de tropeiros.

Coordenadas geográficas: Latitude – 11° 57’ 40”         Longitude – 40° 10’ 13”        Altitude – 369m (368,9m)

Área: 1076Km² (algumas fontes), atualmente, possui uma área territorial de 947 Km²).

População: último censo - 20.069 habitantes (IBGE 2010), populaçãoestimada(2018) 20.488 pessoas.

Densidade demográfica: 21,19 hab/km² (IBGE, 2010).

Gentílico:baixagrandense

Limites: norte – Mairi, sul – Macajuba, Leste – Ipirá, oeste - Mundo Novo e nordeste – Pintadas.

Vegetação: a cobertura vegetal encontrada na faixa ocidental (oeste)l do município são os remanescentes de floresta(mata) estacional caducifólia e subcaducifólia que, desde o final do século XIX, vem sofrendo alterações antrópicas, pois já foi quase toda derrubada. Inicialmente, é feita a comercialização da madeira de lei e as espécies menos cobiçadas são vendidas como lenha para geração de energia térmica nos fornos das olarias, padarias e até mesmo residências, a posteriori são realizadas as queimadas, o plantio do milho, feijão, mandioca, e finalmente, a abertura de pastagens para a criação extensiva de bovinos. Dessa forma, o refúgio das espécies animais endêmicos é quase inexistente, aproximando-as de uma provável extinção.

Na porção oriental (leste), a vegetação originária é de caatinga, o que é visível na fisionomia da paisagem. Há poucas manchas de remanescentes dessa vegetação, que a mais de um século vem sendo desmatada para a substituição por pastos na criação de bovinos e principalmente de caprinos e ovinos. Isso porque a atividade agrícola é quase inexistente, devido às condições físicas dos solos, (Planossolossolódico) que são desfavoráveis – imperfeita drenagem no período chuvoso, duro no período seco, argiloso, compacto por causa do pisoteio dos animais (bovinos e caprinos) tornando-o pouco aerado –, às condições químicas (alto teor de sódio) e, sobretudo, climáticas (deficiência de água).

Há indícios da provável existência de uma área de tensão ecológica na interface da floresta estacional caducifólia e subcaducifólia e a caatinga, onde se observa a associação de espécies dos diferentes domínios florísticos, sendo possível ver plantas como a peroba rosa, pau d’arco e nas adjacências cactáceas de espécies variadas, que às vezes se contatam, justapondo-se ou interpenetrando-se, assinalando uma zona ecótono.

 

Relevo: A geomorfologia do município encontra-se na Depressão Sertaneja, na porção compreendida entre a Chapada Diamantina a oeste da Bahia e a Bacia Sedimentar do Recôncavo a leste.

(Resumo: para leste é plano e para oeste é acidentado. Os morros principais são: Cais, Cesto e do Vento).

Constata-se que o modelado é de desnudação, constituído de morros isolados, tabuleiros interiores nas porções norte, noroeste, oeste e sudoeste em forma de meia laranja ou feições convexas; separadas por vales longitudinais, monoclinais, de fundo chato, formando uma drenagem dendrítica na sua maior parte, alinhado no sentido noroeste-sudeste, apresentando desníveis de ordem de 20 a 50 metros. Na sua porção nordeste (NE), leste (E), sudeste (SE) e sul (S), o município apresenta um relevo mais rebaixado (sem morros), aplainado com declividade baixa em relação aos setores mais a montante.

Ocorrências minerais – talco, cristal de rochae o granito de Baixa Grande ocorre na porção central do município

Clima: o clima característico da região é o semiárido, onde se registram reduzidas quantidades de chuvas durante todo o ano e a evaporação é intensa, sendo que, as precipitações situam-se entre 700 e 800 mm (600 e 900 mm, outra fonte) anuais concentradas no verão, final do outono e começo do inverno. Observam-se maiores pluviosidades durante o verão, por causa da influência da ZCIT que atua no nordeste baiano, tendo como característica a forte umidade originada com a massa de ar equatorial continental (Amazônia). Do final do outono ao início do inverno, a região sofre influência da umidade proveniente do oceano Atlântico, porém as chuvas são bem distribuídas e com menos intensidade. As temperaturas situam-se entre 18° C, no inverno e 35° C, no verão, sendo que, a média observada durante o ano é em torno de 23° C.

Além disso, constata-se que o município apresenta índice de aridez com valor de 34,8%. Esse índice é definido como a razão entre a precipitação e a evapotranspiração potencial, cujo valor apresentado indica que se trata de um clima do tipo semiárido.

Hidrografia - os rios do município são intermitentes (temporários), apresentam pequena carga hidráulica e fluxo sazonal, com regime condicionado às limitações pluviométricas (700-800 mm/ano).

Sendo os principais rios: Paulista, Jundiá, Cairu e Congonhas.

Principais riachos: Vitória(atravessa a cidade), Cana Brava e Areia.

Pedologia – estudo dos solos

Predomina os tipos de solo: planossolosolódico (porção oriental) e argissolo vermelho-amarelo (porção ocidental).

Economia:a economia do município é voltada para as atividades de pecuária extensiva e agricultura, destacando-se o rebanho bovino e a agricultura de sequeiro (feijão, mandioca e milho), os produtos e matérias-primas oriundos dessas atividades são destinados ao consumo local e/ou regional. Apesar da predominância do setor primário, o setor terciário é o que mais contribui para o PIB do município, seguido do secundário (ver PIB no IBGE).

 

Adaptado de: DIAGNÓSTICO GEOAMBIENTAL EM AMBIENTE SEMIÁRIDO COM SUPORTE DA ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO DA VITÓRIA – BAIXA GRANDE - BAHIA – BRASIL


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